Educar é guiar. Duc é uma palavra latina que significa conduzir, levar. O duto é uma passagem. O condutor é quem leva. Todo educador é, portanto, cicerone. Ele esteve lá antes ou sabe o caminho, ou tem experiências acumuladas que lhe permitem descobrir atalhos. O mestre, a rigor, é um guia e um professor.
Quando uma escola, portanto, sugere uma viagem de estudo do meio, jamais a atividade deve ser encarada como um mero passeio de entretenimento. Não que uma escola não possa realizar passeios. É lógico que pode. Mas, a rigor, quando os educadores organizam uma saída de estudo de campo, houve um planejamento acurado para satisfazer necessidades pedagógicas e não apenas de mera diversão.
Viagens pedagógicas nasceram nas escolas para sedimentar conhecimentos que foram trabalhados em sala de aula, mas que podem ser aprofundados in loco, a partir de experiências de observação e interação com o meio. O aluno, nessa hora, é protagonista das suas descobertas porque ele mantem contato não só com o ambiente, mas com a gente do lugar e com quaisquer manifestações artísticas, culturais, religiosas e com os costumes do local visitado. A viagem pedagógica deve ser encarada como uma metodologia ativa e o aluno deve ser estimulado estabelecer a próprias reflexões sobre o lugar que conhece.
Estudos do meio foram criados com a mesma intenção que os laboratórios de física, química e biologia. Isto é, para prover experiências relevantes. O aprendiz deve manter contato com as teorias mas também com as práticas. Deve se relacionar com o seu objeto de estudo e extrair desse envolvimento conhecimentos significativos para a sua vida. Por isso, viagens pedagógicas devem ser planejadas com critério e profundidade. Não são passeios. Há diversão, amizade e entretenimento, mas o principal foco de uma viagem pedagógica é sempre a aprendizagem.
Por tudo isso, é essencial que os educadores realizem um acurado planejamento da viagem, que seja relacionada ao que os alunos estejam estudando no período, que tenha um viés interdisciplinar e que os estimule a serem ativos antes, durante e depois da viagem. Ha diversas metodologias que podem e devem ser utilizadas para favorecer esse engajamento desejado de alunos e educadores em uma viagem pedagógica.