As competências gerais da Base Nacional devem ser exploradas em cada uma das áreas de conhecimento – Linguagens, Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Ensino religioso – e trabalhadas em atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula.
Quando tivemos a iniciativa de discutir sobre a relação dos projetos de estudos do meio e as habilidades propostas pela BNCC, o nosso objetivo foi responder uma pergunta: como as viagens pedagógicas e as aulas de campo podem contribuir para o aprimoramento das competências previstas pela BNCC?
Estamos discorrendo agora sobre a 9ª competência geral e, por isso, chegando ao final da nossa proposta de debate. No entanto, a pergunta atual que nos aparece é outra. Perguntaríamos, depois desse aprofundamento nas competências, como os educadores conseguirão desenvolver essas competências sem a utilização de metodologias ativas e, em especial, sem atividades de estudos do meio? Afinal, poucas iniciativas pedagógicas apresentam tantas sinergias com as novas propostas do MEC do que as viagens educacionais.
No caso da 9ª competência, empatia e cooperação, encontramos mais uma vez uma grande identificação. A 9ª competência propõe o exercício da empatia, diálogo, resolução de conflitos e cooperação. O objetivo de competência é fomentar o respeito mútuo e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza.
A competência 9 estimula um olhar sobre a convivência das pessoas na comunidade, no bairro, no país e no mundo, com o intuito de mediação e da construção de uma cultura de paz. É principalmente neste campo que as viagens de estudos do meio podem ser utilizadas para desenvolver essa competência. Afinal, os estudos do meio proporcionam condições privilegiadas para possibilitar esse olhar sobre o que ocorre fora dos muros da escola.
Mas, falemos um pouco dessa cantada em verso e prosa empatia. Vejamos o que diz o dicionário online sobre o significado de empatia:
s.f.: “Ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias. Aptidão para se identificar com o outro, sentindo o que ele sente, desejando o que ele deseja, aprendendo da maneira como ele aprende…”
A origem no termo em grego empatheia vem de “paixão” ou “padecimento”, isto é, dor. Por isso, denominamos de “paixão de Cristo” ou de “patologia”. Também, pelo mesmo motivo, o apático não demonstra emoção e o antipático se posiciona contra. A empatia, por sua vez, pressupõe uma interlocução afetiva com outra pessoa e é um dos fundamentos mais relevantes de identificação e compreensão psicológica entre os indivíduos. Entretanto, na maioria das vezes que você for pedir uma definição de empatia, o conceito que virá será mais simples. Vão lhe dizer que empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro.
Nas atividades de estudo do meio, portanto, é importante que a escola motive a criação de regras de convivência que estimulem a cooperação, a colaboração e o comportamento empático.