Em maio de 2024 um grande grupo de educadores brasileiros puseram suas mochilas nas costas e partiram para mais uma edição das viagens pedagógicas e culturais promovidas pelos Educadores pelo Mundo. Dessa vez o destino foi a Itália. Em particular, a região de Reggio Emilia, mas também conheceram Milão, Bolonha, Parma e Veneza, nessa jornada repleta de aprendizados, emoções, belezas e, claro, muitas amizades conquistadas.
Os Educadores pelo Mundo, há anos, oferecem viagens de imersão cultural para diversos países, como Finlândia, Estônia, Portugal e, agora, para a Itália. O objetivo está descrito no nome da iniciativa: Educadores pelo Mundo. Isto é: profissionais de Educação que buscam experiências pedagógicas de sucesso nas mais diversas latitudes do planeta. A intenção é aprender com quem está promovendo realizações exitosas no mundo da Educação e levar também as próprias experiências. Portanto, o trinômio que fundamenta as ações dos Educadores pelo Mundo são: Educação, Cultura e Turismo. Por tudo isso, uma imersão na Itália reúne de maneira sem igual essa busca por Educação, Cultura e Turismo.
Nos dois primeiros dias de viagem, por exemplo, Cultura e Turismo foram esbanjados em Milão e Veneza, afinal são cidades fascinantes e generosas quando se busca esses propósitos. Ambas são repletas de Arte, História, Gastronomia e muitas (muitas mesmo!) riquezas turísticas. Os educadores ficaram extasiados com tudo que esses destinos puderam oferecer.
Os dias seguintes foram voltados para a imersão educacional em Reggio Emilia. Você já ouviu falar da abordagem “Reggio Emilia”?
Reggio é uma cidade da Emilia-Romagna que ficou famosa pela sua abordagem pedagógica inovadora. O ano era 1945 e boa parte dos países tentava se reerguer de uma guerra que foi estrondosa para muita gente. A Itália estava no epicentro da Segunda Guerra Mundial e ainda buscava maneiras de se reconstruir depois de um drama coletivo sem precedentes. De maneira geral, as pessoas estavam cansadas de conflitos e todos se questionavam sobre a sociedade na qual gostariam que seus filhos e netos crescessem e se desenvolvessem.
A comuna de Reggio Emilia, por exemplo, estava reduzida a escombros depois dos embates. A população da região vendeu os poucos pertences que sobraram e decidiu investir no que considerou a prioridade para o renascimento da sua comunidade: uma escola feita com tijolos que sobraram das casas bombardeadas. Os cidadãos de Reggio ergueram o prédio da nova escola em conjunto, com as próprias mãos, como um marco do que desejavam transmitir para a sua prole: uma visão de mundo participativa, criativa e solidária.
O relato do esforço dessa comunidade ganhou força e se espalhou pelas estradas da região, alcançando os ouvidos de um pedagogo de grande estirpe, o professor Loris Malaguzzi, que se ofereceu para montar um projeto educacional que trouxesse todos aqueles elementos de fraternidade, protagonismo e resiliência. Dessa forma, nasceu a abordagem Reggio Emilia, uma educação focada no diálogo, nos desejos, enfim, nas potencialidades e habilidades dos educandos, com o intuito de oferecer às crianças a possibilidade de serem protagonistas do próprio processo de aprendizagem enquanto brincam, consultam, debatem e exercitam a criatividade.
Os Educadores que fizeram a introdução à abordagem Reggio Emília de uma semana em Reggio descobriram que, entre tantas outras coisas, não existe, de fato, um “método Reggio Emilia”, como fosse uma fórmula, mas uma filosofia, porque a pedagogia das escolas da região está focada em aprimorar as habilidades da criança, a fim de promover o desenvolvimento de um sujeito autônomo e confiante nas próprias capacidades.
Para tal, o que costumamos a chamar de conteúdo no Brasil é conduzido de modo interdisciplinar, estimulando o trabalho em equipe, a criatividade para buscar soluções, e a estética. Por tudo isso, uma das frases mais escutadas nas escolas em Reggio é “Você pode fazer melhor!”. Dessa forma, a criança é incentivada a achar as informações necessárias, refletir sobre o que lê e apresentar suas conclusões para os demais em debates e plenárias. E tudo, obviamente, é planejado meticulosamente de acordo com a faixa etária da criança. Em suma, Reggio Emilia oferece uma “goleada” de Educação na sua abordagem.
Ao término da imersão, os participantes partiram para o Brasil encantados com tudo que viveram e aprenderam. E, claro, todos ainda mais empolgados com a escolha de vida que fizeram: serem educadores.
Por tudo isso, os Educadores pelo Mundo continuarão oferecendo missões para outros países e, mais ainda, para Reggio Emilia.
Em breve teremos maiores informações sobre nossos roteiros em 2025. Fiquem atentos ao nosso site e em nossas redes sociais.
Venha viver conosco essa experiência única de aprendizagem e grandes emoções.
Venha ser Educador pelo Mundo!